Bommmm Diaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!

Para todos que gostam de compartilhar um pouco de tudo...
E de tudo um pouco................

domingo, 17 de novembro de 2013

Afinal quem cura ???

       


 Uma discussão interessante que as vezes eu provoco é a questão de quem realmente trata e/ou cura a doença ou melhor, a pessoa.                                                                                                                                  Para o povo brasileiro quem cura é Deus e quem mata é o médico. Você esta surpreso?
         Repare quando alguém esta com problemas sérios que ameaçam a vida. Quando o perigo passa, todos dizem : Graças a Deus! Deus salvou o meu parente!!! Mas se algo dá errado, ainda mais quando se trata de problemas de saúde, sempre o médico é culpado. Não interessa quanto a equipe de Saúde tenha lutado para ter exito no tratamento, não importa se as instalações e equipamentos para o atendimento eram adequadas, se algo der errado, a culpa é do médico.                                        
         Uma outra discussão, dentro desse tema, é quem realmente trata o paciente. Não gosto desse termo, mas é o termo que se usa.
         Num caso de eminente risco de morte podemos dizer que a Equipe de Saúde trata o enfermo, em vias publicas, acidentes, em Unidades Intensivas, Emergências, com certeza, o atendimento  é o que  trata, mas e na grande maioria dos atendimentos que são eletivos? Naquelas situações em que a pessoa já teve  alta e deverá fazer o tratamento em casa? Nos atendimentos ambulatoriais? Nas ações preventivas?
        O que o profissional de Saúde faz na pratica rotineira é avaliar a pessoa, os sinais e sintomas, exames complementares, elaborar diagnósticos e indicar as condutas necessárias para  retornar o  equilíbrio no organismo. 
        Mas ai... A pessoa vai para casa. 
        O tratamento da  maioria das doenças cronicas como Hipertensão Arterial, Diabetes, Aumento  de colesterol, obesidade  envolve alem do uso correto e sistemático de medicações, de uma  serie de mudanças de comportamento por parte do  portador da doença, tais como, mudança de hábitos alimentares, atividade física e outros cuidados específicos. Até mesmo uma simples ferida, após ser feito curativo, necessita de cuidados como manter limpo  o local, não forçar a área atingida entre outros. Um membro engessado ou imobilizado necessita de repouso.
          E...
         Nesse momento é que o tratamento passa a ser responsabilidade do  individuo e daqueles que  o cercam. Não adianta nada ir ao Serviço de Saúde, fazer milhões de exames, e nos dias atuais a valorização dos exames é absurda no nosso país, se depois as orientações e recomendações não forem seguidas. Não adianta reclamar que o remédio para controle da pressão não  esta resolvendo o problema, depois de comer um churrasco, daqueles  gordurosos e salgados. Não adianta reclamar que o osso quebrado  ficou torto depois de ir ao show de rock e dançar a noite toda com o pé engessado.
        Não adianta só reivindicar exames preventivos, se não se protege individualmente contra doenças facilmente evitáveis, como as sexualmente transmissíveis.
        Um dos grandes problemas da Saúde nesse país atualmente, é essa visão paternalista que  se aplica, onde o individuo é o agente passivo em seu processo de cura e/ou controle de sua  doença. Podemos dizer que é parecido com o que se faz em algumas religiões, onde se reza esperando que Deus  faça todo o milagre.
         Nesse modelo, a participação ou responsabilidade do individuo é minimizada ou até mesmo  retirada. Dessa forma, a pessoa não internaliza e não assume seu papel no processo.
          Essa maneira de tratar os problemas de Saúde, são convenientes para os políticos que aparecem como salvadores da Pátria em período eleitoral, conseguindo consultinhas e exames num Sistema de Saúde falido, que  não vão resolver o  problema e por outro lado a população vitimizada que não assume o controle de sua  própria vida, responsabilizando terceiros pelo seu destino.
          No momento que driblamos as falhas do Sistema de Saúde, permitindo o acesso fácil ao atendimento e anulamos o clientelismos politico,percebemos claramente a postura da população. As velhas queixas de não fazer o tratamento pelas dificuldades de acesso desaparecem e ai passam a ser outras para  justificar a omissão. O conceito é de  não ser preciso seguir as orientações, quando as coisas ficarem ruins, basta correr para uma emergência que o Sistema de Saúde resolverá seus problemas. Essa postura é o  resultado do modelo atual de Saúde onde o individuo é apenas um agente passivo em seu processo de saúde e doença.
         Enquanto persistir esse Modelo não conseguiremos um avanço e melhores resultados para os tratamentos indicados.

Nenhum comentário:

Postar um comentário