Do que eu sinto falta!

        Muitos estranham minha vida, viajo sozinha, faço muitas coisas sozinha. Alguns me perguntam se não sinto falta de companhia, se estar sozinha não me incomoda. 
        E ai fiquei pensando, nunca estou sozinha realmente. Tenho a mim, gosto da minha companhia, tenho meus amigos para compartilhar ideias, experiencias, mesmo que não estando juntos fisicamente, as emoções são trocadas com as pessoas com que divido minha vida. 
       Mas e uma relação homem - mulher? Eu sinto falta, as vezes. Mas do que sinto falta? 
De quase nada, talvez da magia, das sensações inesperadas, da troca de olhares furtivos, do som da respiração do outro próximo, a vibração do coração, os segredos não ditos, as verdades ditas sem palavras.
        Mas,tem uma coisa sim, que sinto falta de verdade, mimar o homem amado!
     Como é bom!
     Procurar descobrir os pequenos detalhes que lhe darão prazer inesperado. Observar as pequenas necessidades não reveladas, investigar e esmiuçar as palavras não ditas, os desejos que nem ele sabe que estão lá. 
     Mimar o homem amado não é para qualquer mulher. Não é fazer aquilo que se pensa ser agradável ou sedutor ou que se aprendeu numa revista ou na TV. É muito mais.
     Não é intencional, é vocacional.
     Satisfazer, complementar aquele espaço que ainda estar para ser criado. Despertar o desejo por aquilo que ainda esta por ser descoberto.
     Só quando a mulher já se conhece, esta segura de si e de sua vida é que esta pronta para essa aventura.
     Sabendo seu espaço e dominando seu estar, ela pode sair de si para descobrir o outro.
     O brincar de detetive dos sonhos do outro será a maior aventura e a fonte de infindável prazer!
     Tirar férias de si e suas necessidades, abandonar seu mundo onde é a agente e protagonista e se tornar só mais um personagem de uma longa historia de mistério e aventura, percorrendo os caminhos do Ser Amado.
     O resto, amigos, família, os animais de estimação, os Hobbies, a profissão podem fornecer, mas ao mimar o homem amado você se teletransporta para um outro Universo, sem limites para sua imaginação!
      É disso que sinto falta!

TEDxSF - Louie Schwartzberg - Gratidão (legendado)

Obesidade Super mórbida, uma epidemia!

             

           Assistindo esse final de semana os programas sobre Obesidade Super Mórbida em alguns canais de TV a cabo fiquei intrigada com o tema e a abordagem que mostram. 
            A primeira vez que observei esse fenômeno, foi numa viagem aos Estados Unidos em 2004, onde nas ruas ainda não era tão visível, mas numa viagem de navio pude vivenciar essa triste realidade, onde pessoas passavam o dia inteiro atras de comida. Pratos e mais pratos eram deixados do lado de fora das cabines, eram pilhas de pratos com restos de comida! Nos locais de venda de cachorro-quente e hambúrguer não se conseguia chegar ao balcão, dia e noite lotados. Nos locais de serviço de buffet as pessoas se atracavam com a comida. Observei a grande preferencia por carboidratos. O numero de pessoas que tinham dificuldade de se movimentar devido o excesso de peso era enorme. Este ano andando pelo meio oeste americano pude ver essa realidade espalhada pelas ruas e restaurantes. Nas grandes cidades como Nova York, Los Angeles não se vê tão claramente. Lojas de alimentos saudáveis se espalham em abundancia.Até mesmo grandes redes de  alimentação oferecem opções mais saudáveis, como saladas, frutas e outros, mas no interior é evidente a epidemia se alastrando.
          Após assistir os tratamentos propostos nos programas é que, ainda mais me preocupei.
          No Brasil, local onde as mulheres se preocupam muito, as vezes, até demais com a aparência, podemos ver agora as distorções que ocorrem.Cada dia mais vemos essa epidemia se alastrando não só em adultos, mas principalmente em crianças.
           Em todos os casos apresentados na TV, tanto de pacientes submetidos a tratamentos cirúrgicos quanto a dietas, cada uma com sua teoria, não vi em nenhum momento as equipes priorizarem a historia desses pacientes. Em todos os casos eles apresentavam historias de traumas e/ou rupturas traumáticas de suas relações afetivas, estabelecendo desde então uma relação afetiva com a comida.Mas a abordagem psicoterápica desses pacientes só ocorreu, quando ocorreu, após o fracasso dos tratamentos propostos.
            No caso dos homens, todos tem relações patológicas com suas mães. A co-dependência é gritante. Mães obesas com uma compulsão de atender todas as solicitações de seus filhos, independente das consequências e os mantendo num estado infantilizado, quase de incapacidade. Uma relação destrutiva gritante.
             O pensamento que me vem a cabeça é que sociedade cria essas distorções não só alimentares, mas de relações e valores ?
            Agora o governo se preocupa, mas como no caso do tabaco, por motivos econômicos, já que essas pessoas representam alto custo.
            Os tratamentos indicados são voltados para técnicas e uma ciência em que não se leva em conta o elemento humano com sua complexa psique e suas inter-relações.
            O individuo não é reconhecido, pelo contrario, é massacrado e destruído por interesses econômicos e materiais. Os seres humanos acabam vendendo sua humanidade, trocando seus conflitos por coisas, com medo de enfrentar seus medos, aceitam as ilusões e a fantasia de uma felicidade instantânea, sem ter que passar pelos conflitos e dores próprias do processo de construção de Ser. Mas quando percebem, em sua grande maioria, já tarde demais, estão vazios, frustados, deprimidos e perderam o maior bem que poderiam ter que é a Fé em si mesmos.
     Creio que o diagnostico correto é o de uma sociedade doente, onde os afetos, as relações e o comportamento são moldados pelo desejo insaciável da economia, onde consumismo é vendido como forma de vida, onde os relacionamentos interpessoais são baseados  em ter ao invés de estar ou ser. 
     Atualmente não reconheço nenhum sistema social, econômico ou politico que se preocupe em criar um mundo satisfatório, dentro da realidade e suas limitações.
     Onde estão os filósofos e pensadores da atualidade para começar a grande discussão que tanto se faz necessário: Que rumos queremos dar ao planeta? Conhecimento e tecnologia já temos, mas quando voltaremos a olhar para o Ser Humano e a Vida?

Quantos pecados são cometidos em nome do Amor?

                     Durante muitos anos tentaram me enfiar goela abaixo uma porção de conceitos sobre o que era Amor, o que e como deveria ser, que deveríamos aceitar qualquer coisa com nome de Amor.
                  Pois é, mas esse não é meu forte. Não engulo, não aceito assim tão facilmente as coisas. Sou chata, questionadora e desconfiada.
                  Algumas coisas que nunca acreditei a respeito desse tal de Amor, sempre me pareceram desculpas frágeis para outras coisas que não o Amor.
                 Certas coisa me parecem muito mais falta de Amor, do que Amor de verdade.
                 Existe uma certa corrente de pensamento que induz a aceitar qualquer coisa que se pareça com Amor.
                  Lembro de uma frase, dessas que rodam pelas redes sociais que diz que devemos aceitar quando as pessoas amam de uma forma que não lhe satisfaz, mas é o melhor que ele pode fazer, do seu jeito. Pois é. Não aceito. Se o que alguém lhe dá não lhe satisfaz, então não é Amor.
                 Só porque alguém diz que te ama, não quer dizer que isso seja Amor. Alias, parece que nos dias atuais há tanta falta de Amor que qualquer coisa parecida serve.
             Se alguém diz que te ama, mas não aceita o jeito que você é, isso não é Amor.
            Se alguém diz que te ama, mas não consegue superar seus medos, isso não é Amor.
              Se alguém diz que te ama, mas não te respeita, isso não é Amor.
            Se alguém diz que te ama, mas não sai de sua Zona de Conforto, isso não é Amor.
              Se alguém diz que te ama, mas não aceita suas opções de vida, isso não é Amor.
         Se alguém diz que te ama, mas você se sente oprimido e sufocado, isso não é Amor.
 Sinto muito, sei que já tem gente se coçando nessa altura da leitura, mas isso não é Amor.
            A carência e a necessidade de se sentir aceito e amado faz com que as pessoas deem desconto, onde não se deve.
            Não existe Amor incompleto, não existe Amor com restrições, virgulas ou reticencias, sinto muito, mas isso não é Amor.
                  E essa acomodação e medo de perder esse pouco que se recebe faz com que se perca a chance de encontrar o Amor verdadeiro.
                  Não tenho a menor ideia do que seja o Amor verdadeiro realmente, mas acredito, e não abro mão de que Amor de verdade é incondicional. 
                  Você não precisa entender o outro, apenas aceitar e respeitar.
                  Você não precisa, e nem deve, aceitar tudo que o outro faz, mas questionar e mobilizar.
                  Amor de verdade faz crescer.
                  Independe da presença, é mais forte do que o estar, é Ser.Ser companheiro, ser cúmplice, sem ser conivente, é preencher, completar com aquilo que não se precisa e talvez nem saiba o que é, mas que te faz falta depois de ter.
                 Você só pode amar se não precisar.
                 O Amor foi banalizado, vulgarizado, aviltado.
                 Amar o outro é abrir mão do seu desejo pelo que é melhor para o outro.
                Quem ama não precisa satisfazer seu Ego, suas necessidades, sua vaidade para estar satisfeito.Ama e ponto final.
              Ainda tenho um longo caminho a percorrer até o inexplicável fenômeno que é o Amor, mas a cada dia mais me torno critica e descrente desses amores banais que tentam nos vender por ai.Sinto muito, mas não aceito mais Amor de segunda, Amor pela metade ou Falsos amores.
             Meus receptores sinápticos estão criando bloqueios a amores fake. Cansei dessa hipocrisia que banaliza o Amor. Numa sociedade ególatra cada vez fica mais difícil encontrar alguém que realmente esteja disposto a Amar.Não estou falando só de Homens e Mulheres, falo de todas as relações humanas.