Bommmm Diaaaaaaaaaaaa!!!!!!!!!!!!!!

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E de tudo um pouco................

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Por que celebrar o Natal?

     


 Todo ano quando gasto meu tempo decorando a casa para o Natal me pergunto: Por que?
       A Igreja católica comemora o nascimento de Jesus, com toda a tradição criada a seculos. O comercio visa o aumento dos lucros. Cada um vive o Natal de acordo com suas crenças e tradições.
       Nessa época vejo o grande sofrimento e os conflitos gerados pelos encontros familiares compulsórios, casa da família do marido, da mulher, de outros parentes, os filhos adolescentes não querem ir, o suplicio das compras de Natal, presentes, O que? Para quem? É caro, barato, depois as trocas, as decepções ao constatar que não recebeu o que queria, a decepção de perceber que aqueles a quem você dedica tanto tempo nem sabem o que você gosta, não advinham seus desejos, não observam suas vontades, que não houve tempo na vida das pessoas que ama para gastarem procurando algo que lhe deixaria feliz. A preocupação com que os outros vão falar, as dividas adquiridas. Outro lado é a comilança. Comida, muita comida na mesa, as doenças e tratamentos esquecidos, as internações e atendimentos aumentados nos dias posteriores. O cansaço, as frustrações, a desarmonia e as decepções do depois.
       Isso é o que vejo, talvez porque esse outro lado fique oculto e só revelado nos momentos de desabafo, nas macas dos hospitais.
      O índice de complicações de Infartos, AVCs, e outras doenças aumenta e os óbitos também.                        Depressão nem se fala.
      Por que tudo isso? 
      Natal esta ligado a família, a união, Amor, troca ou não.
      Então o que se comemora no Natal? Repetimos apenas o que as convenções ditam,o que aprendemos desde pequenos?
     Então eu começo a arrumar a casa, preparar o meu Natal!
     O que celebro nesse período?
     Natal é natividade,nascimento, o inicio, o surgimento. De novos sonhos, novas esperanças, novos desejos, novos amores, uma nova vida. O período em que podemos parar para celebrar o grande presente que nos é dado de renascer a cada dia, a cada nova experiencia, a cada momento.
    Quando se trabalha diariamente próximo da Morte nos é dada a chance de lembrar que completar cada dia, cada semana é uma dadiva. Se parássemos para pensar em tudo que poderia dar errado, mas não dá, então veríamos sentido em celebrar a chance de recomeçar a cada dia.
    Os símbolos do Natal me lembram cada um dos aspectos que são importantes na vida.
    Sempre coloco primeiro em minha arvore de Natal  os anjos, adoro anjinhos. Me lembro que na cabeceira da minha cama tinha um anjo da guarda, era azul e rosa, e toda a noite ao olhar para ele sentia que tinha alguém maior que nós a me proteger. Independente de religião, crença, quanto mais nos aprofundamos na Ciência mais percebemos que existem forças que atuam em nós  e nos ajudam a renovar a Fé na vida.
   Anjos levam meus pensamentos acima desse mundo, me lembrando que existe uma vida acima dos aborrecimentos do dia a dia.
   Sinos lembram celebração, usados para avisar grandes eventos, os sinos nas igrejas, nas cidades, são musica para celebrar acontecimentos importantes, significativos em nossas vidas.
   As cores, vermelho, verde e dourado me lembram o Amor, a Natureza e o Brilho, a Luz existentes em cada ser humano.
   E o Papai Noel!
   Pode ter sido criado para fins comerciais ou não, não me importa.
   Atacado pelos demagogos atualmente, falsos liberais que preconizam a liberalidade indiscriminada. Uma das coisas que mais gosto do mito do Papai Noel é a generosidade e a disciplina. Aquele que  dispõe de sua própria vida para doar, presentear, mas também que cobra, bom comportamento, boas atitudes. Não é presentear apenas, mas recompensar aqueles que cumprem seu papel, suas obrigações. O ato de escrever a carta para o Papai Noel é uma forma de levar cada criança a refletir sobre seu  comportamento e o que fez durante o ano. Cada dia mais, com a correria e o imediatismo atual, as pessoas não param para refletir sobre os rumos que sua vida levou e isso faz falta. Para não nos perdemos pelos caminhos da vida, devemos parar e avaliar de onde viemos e para onde se quer ir. Ao escrever a carta, podemos fazer uma critica do que nos propusemos e os resultados. Será que se você fosse o Papai Noel,você daria um presente para você?
   Onde e com quem você passa seu Natal?
   Não interessa o que as convenções dizem, o importante é ter um Natal com Amor e Felicidade, se não for onde as convenções dizem que tem que ser, não interessa, não vá!
   O Natal é uma celebração interior, uma renovação, um nascimento de um novo momento de sua vida, então divida com aqueles que realmente estão com você, em seu coração.
   Feliz Natal!

sábado, 23 de novembro de 2013

Será que eu preciso disso????




       Será que preciso disso?
       Essa pergunta parece simples, mas.
       Em todos os países que visito encontro o velho folclore dos brasileiros que só se interessam em fazer compras. Claro que é ótimo para esses países, para a economia mundial e todos os envolvidos na grande engrenagem consumista.
       E essa tendencia a comprar tudo que se vê pela frente, ou quase tudo,não é só de brasileiros, vemos, talvez com uma intensidade, um pouco, menor nos latino americanos em geral.
       Em alguns lugares as criticas são feitas discretamente, na língua local, onde a maioria dos turistas brasileiros desconhecem, em outro lugares são feitas as claras, principalmente por profissionais ligados ao turismo e transporte. 
      Na Austrália, não tem negociação. A bagagem ultrapassou o peso permitido, jogue fora, porque senão não embarca, Nos Estados Unidos, tem que pagar pelo excesso, assim como em vários países. Carregar o peso extra, não conte com ajuda, cada um é responsável pelo que leva. 
     Alem do excesso de bagagem, tem as sacolinhas. O embarque em aviões e outros meios de tranporte são caóticos. Além da bagagem de mão permitida sempre tem as sacolas adicionais, que não são computadas pelos que planejam as viagens.
     Aqui no Brasil, a grande viagem consumista é para Miami. Odeio quando tenho que fazer conexão naquela cidade, a chegada no Brasil é caótica e o pessoal da alfandega sempre esta alerta para os excessos. Quando chego com minha mala, leve e unica, sou vista como um ET infiltrado.
    Outro dia estava conversando sobre isso. O argumento sempre é que é muito mais barato!
    Afinal o que é mais barato? Produtos necessários, essenciais, indispensáveis? Como verificar a qualidade do que se compra quando se esta numa maratona? Enxovais? Produtos de beleza? Brinquedos?
    Ai me pergunto: Será que alguém faz a pergunta fundamental que é se realmente precisa daquilo que esta comprando???
     Toda vez que compro uma roupa nova tenho como habito tirar alguma roupa do armário e distribuir para meus amigos e outras pessoas interessadas, também tenho essa rotina para tudo que tenho em casa.
     Na época de montar minha casa mandei fazer um armário pensando que ali caberia tudo que era necessário e se não coubesse, seria necessário reavaliar o que estava e o que deveria sair, criando uma disciplina para evitar acúmulos desnecessários. Até mesmo livros que eu adoro são reavaliados e distribuídos para pessoas e instituições. Ensino as mães de meus pacientes, sempre na época de aniversários e outras datas que se ganham presentes, a sentar com as crianças e avaliar  qual dos antigos brinquedos serão dados, inclusive levando as crianças aos locais de doação, para verem a realidade de outras crianças que não tem a oportunidade de ter brinquedos.
      Não me convenço desse costume de dar presentes em determinadas datas, alias questiono o que realmente são presentes, mas esse é outro assunto.
     Vejo pessoas comprando, comprando e comprando sem parar durante viagens e no dia a dia, coisas que tenho certeza que não vão precisar.
      Seria a ideia de se dar bem? Afinal brasileiro acha que sempre esta levando vantagem. Seria a ideia de que é Chic comprar fora do Brasil? Seria a qualidade? Mas como garantir qualidade? Não conheço qualidade a preço de banana.
      A pergunta que acho que não é feita é: O que eu compro para preencher aquilo que não tenho e nunca poderá ser comprado?
      Deixo para vocês responderem.
      
    

domingo, 17 de novembro de 2013

Afinal quem cura ???

       


 Uma discussão interessante que as vezes eu provoco é a questão de quem realmente trata e/ou cura a doença ou melhor, a pessoa.                                                                                                                                  Para o povo brasileiro quem cura é Deus e quem mata é o médico. Você esta surpreso?
         Repare quando alguém esta com problemas sérios que ameaçam a vida. Quando o perigo passa, todos dizem : Graças a Deus! Deus salvou o meu parente!!! Mas se algo dá errado, ainda mais quando se trata de problemas de saúde, sempre o médico é culpado. Não interessa quanto a equipe de Saúde tenha lutado para ter exito no tratamento, não importa se as instalações e equipamentos para o atendimento eram adequadas, se algo der errado, a culpa é do médico.                                        
         Uma outra discussão, dentro desse tema, é quem realmente trata o paciente. Não gosto desse termo, mas é o termo que se usa.
         Num caso de eminente risco de morte podemos dizer que a Equipe de Saúde trata o enfermo, em vias publicas, acidentes, em Unidades Intensivas, Emergências, com certeza, o atendimento  é o que  trata, mas e na grande maioria dos atendimentos que são eletivos? Naquelas situações em que a pessoa já teve  alta e deverá fazer o tratamento em casa? Nos atendimentos ambulatoriais? Nas ações preventivas?
        O que o profissional de Saúde faz na pratica rotineira é avaliar a pessoa, os sinais e sintomas, exames complementares, elaborar diagnósticos e indicar as condutas necessárias para  retornar o  equilíbrio no organismo. 
        Mas ai... A pessoa vai para casa. 
        O tratamento da  maioria das doenças cronicas como Hipertensão Arterial, Diabetes, Aumento  de colesterol, obesidade  envolve alem do uso correto e sistemático de medicações, de uma  serie de mudanças de comportamento por parte do  portador da doença, tais como, mudança de hábitos alimentares, atividade física e outros cuidados específicos. Até mesmo uma simples ferida, após ser feito curativo, necessita de cuidados como manter limpo  o local, não forçar a área atingida entre outros. Um membro engessado ou imobilizado necessita de repouso.
          E...
         Nesse momento é que o tratamento passa a ser responsabilidade do  individuo e daqueles que  o cercam. Não adianta nada ir ao Serviço de Saúde, fazer milhões de exames, e nos dias atuais a valorização dos exames é absurda no nosso país, se depois as orientações e recomendações não forem seguidas. Não adianta reclamar que o remédio para controle da pressão não  esta resolvendo o problema, depois de comer um churrasco, daqueles  gordurosos e salgados. Não adianta reclamar que o osso quebrado  ficou torto depois de ir ao show de rock e dançar a noite toda com o pé engessado.
        Não adianta só reivindicar exames preventivos, se não se protege individualmente contra doenças facilmente evitáveis, como as sexualmente transmissíveis.
        Um dos grandes problemas da Saúde nesse país atualmente, é essa visão paternalista que  se aplica, onde o individuo é o agente passivo em seu processo de cura e/ou controle de sua  doença. Podemos dizer que é parecido com o que se faz em algumas religiões, onde se reza esperando que Deus  faça todo o milagre.
         Nesse modelo, a participação ou responsabilidade do individuo é minimizada ou até mesmo  retirada. Dessa forma, a pessoa não internaliza e não assume seu papel no processo.
          Essa maneira de tratar os problemas de Saúde, são convenientes para os políticos que aparecem como salvadores da Pátria em período eleitoral, conseguindo consultinhas e exames num Sistema de Saúde falido, que  não vão resolver o  problema e por outro lado a população vitimizada que não assume o controle de sua  própria vida, responsabilizando terceiros pelo seu destino.
          No momento que driblamos as falhas do Sistema de Saúde, permitindo o acesso fácil ao atendimento e anulamos o clientelismos politico,percebemos claramente a postura da população. As velhas queixas de não fazer o tratamento pelas dificuldades de acesso desaparecem e ai passam a ser outras para  justificar a omissão. O conceito é de  não ser preciso seguir as orientações, quando as coisas ficarem ruins, basta correr para uma emergência que o Sistema de Saúde resolverá seus problemas. Essa postura é o  resultado do modelo atual de Saúde onde o individuo é apenas um agente passivo em seu processo de saúde e doença.
         Enquanto persistir esse Modelo não conseguiremos um avanço e melhores resultados para os tratamentos indicados.

Diagnosticos: Somos todos portadores de disturbios de comportamento?????


     Eu nunca gostei de viajar em excursões, daquelas cheias de gente, em ônibus, com longas filas para entrar e sair e todo aquele horror de uma intimidade não solicitada com estranhos de origens mais diversas.
     Sempre é bom lembrar que não se deve dizer : Dessa água não beberei e sendo assim, já que a opção que eu tinha para ter acesso aos lugares que queria no tempo que dispunha, lá fui eu.
     Graças ao profissionalismo dos americanos, tive uma surpresa agradável nessa jornada e mais, essa experiência foi um verdadeiro laboratório.
      Uma das grandes questões que me incomodam atualmente, é essa epidemia, produzida pela industria farmacêutica, onde crianças são rotuladas de hiperativas e massivamente medicadas. Um questionamento que sempre me vem a cabeça é sobre a validação dos parâmetros diagnósticos para nossa cultura, já que foram criados pelos americanos. Os termos impulsividade, impetuosidade, desatenção são extremamente subjetivos e destituídos de parâmetros científicos para aplica-los ou mensura-los. Em 1990, quando fiz um projeto sobre Dificuldade de aprendizado, apliquei um instrumento de avaliação feita para os professores usarem e  validado no Brasil. Alguns professores preenchiam todos os parâmetros com as piores avaliações, em TODOS os seus alunos. Naquele projeto tivemos o cuidado de fazer uma abordagem com os professores quando isso ocorria. Mas hoje vejo esse diagnóstico sendo feito principalmente no ensino particular e terapeutas privados.
         E por que relato esses fatos?
      Em minhas viagens a outros países, tenho como atividade o que chamam de antropologia urbana ou falando mais simplesmente, uma das minhas distrações é observar o comportamento das pessoas do local, dos turistas de cada país, e as interações humanas que ocorrem espontaneamente principalmente em locais de lazer ou ruas.
        Uma cena que marcou minhas lembranças foi durante uma visita ao Metropolitan Museum of Art em Nova York,em 2006, enquanto me emocionava numa sala cercada de quadros de Monet, vejo crianças de no máximo 5 anos entrando em profundo silencio, em fila, organizadamente numa atitude de reverencia, quando de repente uma criança que mau começava a falar se desprendeu da fila, correu para a frente de um dos quadros das ninfeias ali existentes e falava sem parar: Monet, Monet, Monet!!!!!!
       Aquele momento emocionante me levou a longas horas de reflexão, lembrando as crianças brasileiras, na rua, na saída das escolas, nas festas.
       Os brasileiros tem uma fama, merecida, pelo comportamento abusivo em viagens, festas e outras situações, principalmente em grupos. Esse comportamento causa conflitos e um acolhimento precário em algumas partes do mundo.
      A muito venho observando algumas caracteristicas dos turistas brasileiros. Podem me perguntar, por que turistas? Creio que uma viagem é uma situação de exceção da rotina, onde expectativas, inseguranças e ilusões ficam mais claras e assim fica mais clara algumas características de nosso povo.
     Na excursão que participei pude, num grupo restrito, observar alguns padrões de comportamento muito característicos do povo brasileiro e de alguns povos latinos. E nesse grupo haviam brasileiros e outros latinos da América do Sul e Caribe, em grupos e isolados.
     Vou enumerar alguns padrões de comportamento que se destacaram.
      Sempre que iria ocorrer alguma parada em algum lugar, o guia que nos conduzia, iniciava uma serie de explanações sobre o local, o que faríamos e como deveríamos nos conduzir ao chegar ao local.
      A maioria do grupo não falava inglês e o guia dava as instruções em espanhol e português.
     Enquanto o guia falava, os grupos de brasileiros e outros latinos continuavam falando alto e gargalhando.Quando chegavam ficavam perguntando uns aos outros o que era para fazer, onde iam e que não tinham entendido as explicações! Poderia classificar esse comportamento como Desatenção? As atividades cotidianas eram prejudicadas, sendo assim, caberia a classificação!
      Quando o ônibus parava, tanto os outros latinos e brasileiros, principalmente os homens, se levantavam rapidamente e ficavam no corredor e ao abrirem as portas do ônibus, desciam e ficavam em frente a porta, obstruindo a saída dos outros. Em algumas situações, o guia solicitava que aguardassem sentados dentro do ônibus para receber as chaves ou outros materiais e ai iriam saindo conforme chamados, mas mesmo assim as pessoas ficavam no corredor em pé e as pessoas que deveriam sair não conseguiam e eles se recusavam a sair da frente!!! Impulsividade????
          Já as mulheres, se levantavam e obstruíam o corredor, arrumando suas coisas, sem a preocupação de estarem incomodando os outros. Desatenção???
      Quando estávamos em algum lugar e o guia passava informações o grupo se dispersava e depois faziam perguntar daquilo que já havia sido explicado.
       Dentro do ônibus andavam, esbarravam, derrubavam, falavam alto.
       Então me pergunto: Seriam todos nós latinos portadores de TDAH????
       Abaixo as definições do que é TDAH, e cada vez que leio e releio fico com a impressão que estava num grupo onde todos eram portadores!!!!
    Principais sintomas
    O principal sintoma é a dificuldade em manter o foco da atenção e/ou manter-se quieta, estes sintomas podem se manifestar de diversas formas:
    ● As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas, freqüentemente ganham apelidos e ficam estigmatizados
    ● Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se incessantemente, mexendo em vários objetos.
    ● Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira.
    ● Falam muito e constantemente, freqüentemente pedem para sair de sala ou da mesa de jantar.
    ● Têm dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes.
    ● São facilmente distraídas por estímulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", dando a impressão de estarem "voando".
    ● Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc.).
    ● Esquecem recados, material escolar ou até mesmo o que estudaram na véspera da prova.
    ● Tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem antes de pensar).
    ● Dificuldades com relação a horários, freqüentemente não os cumprem.
    ● É comum apresentarem dificuldades em se organizar e planejar aquilo que querem ou precisam fazer.
    ● Dificuldades com relação a escala de prioridades
    ● Seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual.

      Formas de manifestação
      ● O indivíduo parece estar em constante movimento: movimenta com frequência mãos, pés e/ou balançam o corpo de alguma maneira.
      ● Dificuldades de se manter quieto ou sentado por muito tempo e mudam de posição freqüentemente.
      ● Tocam tudo com as mãos.
      ● Atividade por atividade sem motivo que explique a ação.
      ● Verborragia, ou seja falam demais.
      ● Assobiam, cantam ou criam diferentes sons com a boca.
      ● Menos necessidade de dormir e parecem nunca se cansar.
      Possíveis consequências
      ● São indivíduos tidos como "estabanados", pouco cuidadosos, quebram e derrubam coisas com muita frequência e fazem muito barulho.
      ● Estão sempre envolvidos com atividades perigosas.
      ● Maior frequência de acidentes.
      ● Atrapalham o ritmo da classe na qual estão inseridos.
      ● São incontroláveis e inoportunos.
      ● Despertam rejeição dos colegas.
      ● O comportamento impacta no nível de aprendizado.
          Observando o comportamentos dos americanos comecei a pensar: Seriam todos portadores de Transtorno Obsessivo Compulsivo????
            Se  você observar verá varias características: São obcecados por organização, não toleram contato físico fora de padrões pré-estabelecidos, tem compulsão por higiene.
            Parte da definição desse distúrbio são ideias exageradas e irracionais de saúde, higiene, organização, simetria, perfeição ou manias e "rituais" que são incontroláveis ou dificilmente controláveis.
             A  grande questão que me faz pensar sobre esses padrões de comportamento é  como as características culturais, históricas, sociais são introduzidas na elaboração desses diagnósticos.
                  Numa outra viagem, um cruzeiro, ocorreu uma mudança da formação do grupo devido a ocorrência de um furacão e a composição do grupo era de 6 estrangeiros, alguns americanos de origem anglo-saxônica moradores do sul do país e a grande maioria de afro-americanos também do sul dos estados unidos.
                  Nessa experiência, que me forneceu muita informação sobre essas etnias e suas interações observei em grande parte dos afro-americanos um comportamento que poderia ser enquadrado no diagnóstico de Transtorno desafiador e de oposição ou transtorno desafiador opositivo ((CID 91.3) é um tipo de transtorno de conduta que costuma ocorrer com crianças menores. Suas características principais são: comportamento desafiador, desobediente ou perturbador. No entanto, não incluem atos delinquentes ou manifestações mais extremas de agressividade ou comportamento antissocial. Para diagnosticar corretamente esse tipo de transtorno é necessário que os demais critérios gerais citados em F91 sejam cumpridos. Travessuras graves ou a desobediência em si não são suficientes para o diagnóstico.1 Deve-se ser cauteloso no diagnóstico desta categoria, especialmente em crianças mais velhas, porque um "transtorno de conduta clinicamente significativo  geralmente será acompanhado por um comportamento dissocial ou agressivo, que vai além da mera rebeldia ou de desorganização." (tradução livre do site World Health Organization).2)
                  A grande questão é : Quanto a historia desse grupo étnico naquele país, não propiciou o desenvolvimento desses comportamentos?
                   Creio serem levianos os diagnósticos "facilmente" feitos em entrevistas de alguns minutos ou em "achismos". Se as avaliações não forem feitas com critério, sem pressa, com interesse em aprofundar o conhecimento da historia e da inserção social e cultural de cada individuo, não tenham duvidas de que nenhum de nós escapara do rotulo dentro de algum transtorno de comportamento!
                     Antes de rotular uma criança, observe o comportamento familiar e do grupo social que pertencem para que não confundam uma educação falha e omissa com distúrbios comportamentais individuais.