O que não sabe inventa...... Varias vezes as pessoas me perguntam coisas, a respeito de assuntos diversos, metereologia, cozinha, fotos, etc... Aqui esta um espaço para divagação pura, sem complicações...

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domingo, 20 de outubro de 2013
Obesidade Super mórbida, uma epidemia!
Assistindo esse final de semana os programas sobre Obesidade Super Mórbida em alguns canais de TV a cabo fiquei intrigada com o tema e a abordagem que mostram.
A primeira vez que observei esse fenômeno, foi numa viagem aos Estados Unidos em 2004, onde nas ruas ainda não era tão visível, mas numa viagem de navio pude vivenciar essa triste realidade, onde pessoas passavam o dia inteiro atras de comida. Pratos e mais pratos eram deixados do lado de fora das cabines, eram pilhas de pratos com restos de comida! Nos locais de venda de cachorro-quente e hambúrguer não se conseguia chegar ao balcão, dia e noite lotados. Nos locais de serviço de buffet as pessoas se atracavam com a comida. Observei a grande preferencia por carboidratos. O numero de pessoas que tinham dificuldade de se movimentar devido o excesso de peso era enorme. Este ano andando pelo meio oeste americano pude ver essa realidade espalhada pelas ruas e restaurantes. Nas grandes cidades como Nova York, Los Angeles não se vê tão claramente. Lojas de alimentos saudáveis se espalham em abundancia.Até mesmo grandes redes de alimentação oferecem opções mais saudáveis, como saladas, frutas e outros, mas no interior é evidente a epidemia se alastrando.
Após assistir os tratamentos propostos nos programas é que, ainda mais me preocupei.
No Brasil, local onde as mulheres se preocupam muito, as vezes, até demais com a aparência, podemos ver agora as distorções que ocorrem.Cada dia mais vemos essa epidemia se alastrando não só em adultos, mas principalmente em crianças.
Em todos os casos apresentados na TV, tanto de pacientes submetidos a tratamentos cirúrgicos quanto a dietas, cada uma com sua teoria, não vi em nenhum momento as equipes priorizarem a historia desses pacientes. Em todos os casos eles apresentavam historias de traumas e/ou rupturas traumáticas de suas relações afetivas, estabelecendo desde então uma relação afetiva com a comida.Mas a abordagem psicoterápica desses pacientes só ocorreu, quando ocorreu, após o fracasso dos tratamentos propostos.
No caso dos homens, todos tem relações patológicas com suas mães. A co-dependência é gritante. Mães obesas com uma compulsão de atender todas as solicitações de seus filhos, independente das consequências e os mantendo num estado infantilizado, quase de incapacidade. Uma relação destrutiva gritante.
O pensamento que me vem a cabeça é que sociedade cria essas distorções não só alimentares, mas de relações e valores ?
Agora o governo se preocupa, mas como no caso do tabaco, por motivos econômicos, já que essas pessoas representam alto custo.
Os tratamentos indicados são voltados para técnicas e uma ciência em que não se leva em conta o elemento humano com sua complexa psique e suas inter-relações.
O individuo não é reconhecido, pelo contrario, é massacrado e destruído por interesses econômicos e materiais. Os seres humanos acabam vendendo sua humanidade, trocando seus conflitos por coisas, com medo de enfrentar seus medos, aceitam as ilusões e a fantasia de uma felicidade instantânea, sem ter que passar pelos conflitos e dores próprias do processo de construção de Ser. Mas quando percebem, em sua grande maioria, já tarde demais, estão vazios, frustados, deprimidos e perderam o maior bem que poderiam ter que é a Fé em si mesmos.
Creio que o diagnostico correto é o de uma sociedade doente, onde os afetos, as relações e o comportamento são moldados pelo desejo insaciável da economia, onde consumismo é vendido como forma de vida, onde os relacionamentos interpessoais são baseados em ter ao invés de estar ou ser.
Atualmente não reconheço nenhum sistema social, econômico ou politico que se preocupe em criar um mundo satisfatório, dentro da realidade e suas limitações.
Onde estão os filósofos e pensadores da atualidade para começar a grande discussão que tanto se faz necessário: Que rumos queremos dar ao planeta? Conhecimento e tecnologia já temos, mas quando voltaremos a olhar para o Ser Humano e a Vida?
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