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domingo, 28 de julho de 2013

A parábola do capitalista e do comunista!

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  Filha de aposentado do INSS que precisava ajudar a outra filha e seu filho, estudante de medicina, pelo menos de Universidade Publica, tive que trabalhar a partir do final do primeiro ano da faculdade para me manter e pagar livros, transporte, alimentação. Faculdade de período integral. As opções eram poucas. Plantões, e alguns bicos para ajudar. Com o passar dos anos os plantões foram melhorando, podia fazer mais, mas a vida era uma correria. Conciliar faculdade, estudos e trabalho era um equilíbrio instável constante! Os colegas ajudando com matérias, estudos e a maior força!
Naquele tempo já havia o pessoal do Centro Acadêmico, os nossos políticos de hoje!
Eu ficava revoltada, pois me esforçava tanto para participar dos trabalhos em grupo, estudar para as provas e aquele pessoal só chegava para assinar e nas provas, colar. Nunca estudavam, nunca participavam dos trabalhos.
Nunca acreditei nas intenções daqueles que se escondiam através de atividades politicas para serem preguiçosos e maus estudantes. Como queriam mudar o mundo?  Se o exemplo deles era o pior possível, sempre se aproveitando dos estudantes sérios.
Um dia na cantina da faculdade, estava comendo meu misto-quente, que era meu almoço, quando entra um desses caras e começa a convocar os estudantes para uma manifestação, não lembro de que. Quando me chamou, informei que não poderia, pois estaria de plantão, aquele que pagava minhas contas.
Eu cansada, vindo de um dos plantões que fazia, quieta no meu canto, quando de repente o ativista começou a falar alto para todos ouvirem que eu era Capitalista, só pensava em dinheiro, alienada por não participar dos movimentos.
Achei interessante como ele se deu ao direito de me agredir na frente de todos com toda sua superioridade socialista. 
Mas como dizia minha avó:" Quem fala o que quer ouve o que não quer!"
Levantei calmamente e lhe expliquei que era filha de trabalhador, que tinha que trabalhar para me sustentar, que não era como ele que tinha pai para sustentar seus luxos, seu carro e sua gasolina, suas roupas engajadas e suas atividades extra-curriculares. E que quando ele pagasse suas próprias contas e não dependesse mais de seu pai burgues e abrisse mão de sua vida burguesa, que ele voltasse a falar comigo sobre socialismo.
A partir desse dia não me importunou mais e nunca mais me ocupou os ouvidos com sua demagogia barata que só usava para esconder sua preguiça e falta de caráter!
Durante minha vida acadêmica me deparei varias vezes com esses demagogos. Todo ano os professores entravam em greve, quando acabava a greve começavam as negociações para completar os cursos. Os grandes professores ativistas de esquerda nunca queriam atrapalhar suas ferias repondo as aulas que não haviam sido datas!! Direito a greve todos tem, mas os alunos também tem direito a uma boa formação.
Haviam comissões de alunos para negociações, e os "politizados" iam a frente! Mas uma vez, a negociação chegou a direção da Faculdade e a turma amarelou, acabei sendo jogada numa sala com o diretor da Faculdade e os seus assessores e representantes dos professores. Meus dois outros colegas e eu, jovens com menos de 20 anos tendo que negociar com ícones da Medicina do Brasil! 
Me lembro deles falando de tradição que as coisas deveriam ser como sempre foram e que tínhamos que aceitar o que eles nos impunham, todos mudos e de olhos baixos diante do Diretor! Eu não era politizada, de esquerda, nem de direita ou de vanguarda, mas acabei sendo a unica a encarar o Diretor. Expliquei que a tradição não foi quebrada pelos alunos e sim por eles e que nós só reivindicávamos nosso direito de aprender! Enquanto falava, os professores liberais de esquerda todos me faziam sinais para me calar, todos apavorados diante da autoridade, mas não me calei e no final o Diretor entendeu meus argumentos e nos deu razão! Saímos vitoriosos e eu só confirmei o que já sabia, que aqueles liberais eram na verdade todos submissos, temerosos de perder seu status e benefícios. 
Esses relatos são para ilustrar uma velha teoria que tenho! Só é comunista quem tem algum interesse escuso, porque na hora H, todos acabam sendo burgueses, conservadores e reacionários!
Como dizia Joãozinho Trinta: Quem gosta de pobreza é intelectual! Todos querem uma vida melhor, com conforto, dignidade, e seus sonhos realizados e nunca vi isso acontecer em nenhum país comunista!!! Nem eles, tanto que todos mudaram de sistema!

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